Caiquinho é levado de Araçatuba para Lavínia , ele é pontado como chefe do tráfico

Caíque Junio de Souza Soares, conhecido como Caiquinho do Água Branca, apontado como um dos chefes do tráfico na zona leste de Araçatuba e investigado em homicídios ocorridos na disputa pelo tráfico, foi transferido na tarde desta quinta-feira (30) para a penitenciária de segurança máxima de Lavínia (SP).
Caique foi capturado no período da manhã por policiais do 12º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) na zona rural de Araçatuba. Ele estava foragido da justiça havia mais de um ano. 
A escolta do criminoso foi feita sob forte esquema de segurança. Caique deixou o plantão policial de Araçatuba em uma viatura da Polícia Civil. 
Caiquinho do Água Branca era um dos principais alvos das polícias civil e militar de Araçatuba. Contra ele havia dois mandados de prisão por homicídio e dois por roubo. 
A reportagem do Regional Press/Araçatuba Acontece apurou que Caique estava foragido mas veio passar as festas de fim de ano com a família e estava em um sítio o assentamento Chico Mendes, na zona rural de Araçatuba.
Entre as polêmicas envolvendo Caiquinho consta uma investigação em que ele foi baleado em 31 de agosto de 2019 no Água Branca e passou por atendimento clandestino em um hospital particular no centro da cidade sendo que a equipe médica que o atendeu não informou sobre a ocorrência de pessoa baleada.
Na ocasião, caique foi levado para Fernandópolis onde passou por uma cirurgia para retirada do projétil. Em seguida, não foi mais encontrado até ser preso na manhã desta quinta-feira.
Médicos responderão processo 
O Ministério Público de Fernandópolis ofereceu denúncia no dia 17 de dezembro contra três médicos que operaram Caique. Segundo o MP, eles "agiram em concurso, previamente ajustados e com identidade de propósito”.
Neste sentido, a denúncia aponta que os três profissionais “solicitaram, receberam em proveito próprio, direta e indiretamente, ainda que fora da função, mas em razão dela, vantagens econômicas indevidas, bem como, em razão dessas vantagens, omitiram atos de ofício e praticaram atos de ofício infringindo dever funcional”, pois nenhum dos médicos envolvidos no caso comunicou a polícia de que o procedimento cirúrgico se tratou da extração de um projétil de arma de fogo. 
Conforme investigação policial na época, pessoas ligadas a Caique pagaram pelo procedimento médico em dinheiro com preço bem acima de valor de mercado. Além disso, laudo de exame no prontuário aponta que houve rasura para substituir a expressão "projétil" por "corpo estranho", mais uma vez a indicar que "todos se mancomunaram para a prática dos crimes em favor de Caíque, porque antes da anotação falsa, houve a anotação correta pelo setor de enfermagem". O caso continua em andamento na Justiça de Fernandópolis.
Por: Alex Mesmer/RP10
Imagens: Sílvio Romeiro
Araçatuba Acontece
30/12/2021