Foto: Ernesto Mendonça
Legenda: CRIAÇÃO – Grupo aprende técnicas de como estampar camisetas
Chegou a hora de pôr as mãos na massa, ou melhor, nas tintas. Começou na última segunda-feira, dia 23, o Curso Livre de Serigrafia Artesanal: cultura, identidade e desenvolvimento, no CRAS do São José, de Araçatuba. Até quinta-feira, 26, os participantes terão workshops que abordam desde a economia criativa até a técnica do silk screen.
As criações produzidas durante o curso serão para aplicação em camisetas, mas a técnica de impressão em serigrafia pode ser utilizada em suportes diversos, expandindo as possibilidades de empreendimento dos participantes da oficina.
Após o aprendizado da técnica de serigrafia artesanal, os participantes irão receber as telas utilizadas durante o processo e ainda um curso EAD, com duração de um ano, e que pode ser acessado até por smartphone. Assim, eles terão acesso a técnicas mais avançadas para fomentar a continuidade do aprendizado, e desenvolver um polo criativo e sustentável, na cidade.
O material utilizado durante os processos de serigrafia artesanal tem baixo custo e também pode ser montado manualmente. As peças poderão ser comercializadas pelos participantes do projeto, estimulando a economia criativa, o empreendedorismo e o desenvolvimento local, bem como a redescoberta do fazer manual.
O Curso Livre de Serigrafia Artesanal é um projeto financiado pelo Governo do Estado de São Paulo, Proac, Secretaria de Cultura, Prefeitura de Araçatuba e Secretaria Municipal de Araçatuba.
No primeiro dia de workshop, na segunda-feira, foi feita uma apresentação de como será o curso. O produtor cultural Rafael Batista explanou sobre o que é a economia criativa e como ela pode ser revertida em criação de emprego e geração de renda.
“A economia criativa teve seus primeiros estudos realizados nos anos de 1990, em Londres, acerca de setores criativos que foram identificados e que geravam maior crescimento econômico. Nosso curso de serigrafia artesanal tem como propósito a inclusão social a partir do universo e da visão de mundo de cada participante”, diz Rafael Batista, que é o idealizador do projeto.
O publicitário e produtor cultural Ernesto Mendonça é o responsável por destacar o empreendedorismo, apresentando possibilidades de visibilidade do produto que os participantes irão produzir, com baixo custo ou mesmo custo zero nas redes sociais e como promover os empreendimentos.
“Dados da Abit, que é a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções, mostram que 16,5% dos empregos no Brasil estão dentro desse setor. É o segundo que mais emprega no país, está à frente, inclusive, do segmento de bebidas e alimentação juntos”, diz.
“A projeção é que a indústria têxtil tenha um crescimento de 3,1% até 2020, enquanto que o mercado em geral ficará entre 0,8% e 0,9%. Assim, as possibilidades da serigrafia são grandes dentro desse mercado que é próspero”, conclui Ernesto Mendonça.
Agregar valor ao produto a partir do desejo de exclusividade dos compradores é o maior atributo que os participantes do curso de serigrafia têm em mãos.
Enquanto a indústria têxtil produz em larga escala e as peças vindas da China além de estampas repetidas, às vezes, são de qualidade questionável, as confeccionadas na serigrafia artesanal são peças para alcançar nichos específicos, como grupos de roque ou sertanejo ou motoqueiros entre outros.
“O elemento chave é a cultura, a produção da indústria é em massa, em um volume de peças altíssimo, já no silk screen conseguimos inserir um contexto e fazer estampas temáticas para um público específico, que vai pagar por essa exclusividade”, explica o artista gráfico e designer Daniel Guizelini.
O interesse de cada participante é que vai definir onde ele poderá chegar no futuro. Essa é a visão do produtor cultural e serigrafista Gé Coltre. Nos próximos dias, ele ensinará como estampar camisetas.
A história dele começou a partir de uma oficina de serigrafia que participou. “Tive um primeiro contato com a técnica e não parei mais. A serigrafia artesanal possibilita um resultado fantástico.
É uma técnica simples e que não tem segredos, mas exige suor”, diz.
CONTATO
Mais informações e entrevistas com Nany Fadil (16) 99763-4413 – também whats
Rafael Batista
Produtor Cultural
18 98199-2038
ARUÊ
ARTE, CULTURA e HOLISMO
CNPJ/MF 28.743.020/0001-71
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