Das quatro pessoas detidas, três foram liberadas em audiência de custódia. Dona da casa ficou presa e transferida para cadeia feminina de Tupi Paulista
Em depoimento à Polícia Civil após ser presa em flagrante mantendo um abatedouro clandestino de aves nos fundos de sua casa, a mulher que é acusada der ser a responsável pelo abate e limpeza das galinhas confirmou à Polícia que as aves eram descarte de granjas. Ela disse que os abates aconteciam uma ou duas vezes por mês, e recebia como pagamento, R$ 1 por galinha abatida e entregue limpa e embalada.
Durante uma ação do GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil, quatro pessoas foram detidas no abatedouro clandestino, sendo a proprietária da casa e responsável pelos abates, uma segunda mulher e dois rapazes, que eram ajudantes e faziam parte do esquema na “linha de produção”.
A acusada disse à Polícia que um homem identificado como André seria o responsável por comprar as aves nas granjas e entregar em sua casa. Depois este mesmo homem passava para pegar as aves limpas e embaladas. Segundo ela, as galinhas eram vendidas em cidades da região, e afirmou que não eram comercializadas em Araçatuba.
Na polícia civil o delegado ratificou a prisão em flagrante das quatro pessoas que estavam no imóvel e haviam sido detidas pelos agentes do GOE. Na manhã desta quinta-feira, em audiência de custódia, a Justiça liberou os três ajudantes e manteve presa a dona do imóvel, que já é conhecida nos meios policiais pela realização de bingos.
Ainda em depoimento à polícia, a mulher disse que desta vez o homem que contrata seus serviços trouxe quase 200 galinhas, e tinha pressa para pegar as aves abatidas. Para agilizar o serviço ela disse que contratou os três ajudantes. A mulher ainda afirma ter conhecimento dos riscos de contaminação e falta de higiene e espaço adequado para fazer o abate e limpeza das aves, mas disse que está desempregada e precisa ganhar dinheiro, por isso pegava o serviço. Com ironia ela ainda disse: “a ocasião faz o ladrão”. A Polícia Civil abriu inquérito e continua investigando o caso.

Por: Fabio Shiz/ Regional Press
Araçatuba Acontece
25/07/2019